E LÁ SE VÃO 30 ANOS!
Um ano após a criação da
Fundação Cultural Cassiano Ricardo, em 1985, o Museu do Folclore de São José
dos Campos já começava a ser gestado na Comissão de Folclore, uma das várias
comissões setoriais formadas pela instituição para discutir e sugerir ações
culturais para o município. A criação de um museu dedicado ao folclore era um
dos seis projetos que a Comissão de Folclore se propôs a desenvolver.
Os demais projetos eram de
formação de um grupo de projeção estética de folclore (Grupo Piraquara),
publicação anual de uma pesquisa para informação e divulgação do folclore
(Cadernos de Folclore), estímulo e revitalização a grupos folclóricos, formação
de acervo de documentação das festas cíclicas, cívicas e religiosas (em áudio,
vídeo e fotos) e realização de cursos, simpósios, seminários, encontros e
pesquisas de campo.
O começo
A proposta foi aprovada pela
diretoria da Fundação Cultural e a partir de 1987 passou a ser executada pela
Comissão de Folclore, onde todos os integrantes eram voluntários, assim como
nas demais comissões. Começava aí a história de criação do Museu do Folclore.
Aos poucos e a cada novo ano, o sonho ia se transformando em realidade. A
comissão, apesar de numerosa, tinha sempre à frente de suas ações a folclorista
Angela Savastano, Maria Helena Weiss e Flávia Diamante Monholi.
Primeiros objetos
O tempo passou e cinco anos
depois, em 1992, o trabalho de pesquisa de campo da Comissão de Folclore
apresentou seus primeiros resultados práticos. Além das informações colhidas,
tanto do ponto de vista material como imaterial, em diferentes pontos da cidade
e durante várias manifestações folclóricas, a comissão também angariou um acervo
de 220 objetos que retratavam a cultura popular local.
Embrião expositivo
Com essas peças, a Comissão
de Folclore instalou, naquele ano, na parte superior da Igreja São Benedito,
dez complexos culturais. Nascia ali o embrião expositivo do Museu do Folclore,
procedimento que à época recebeu orientação do Museu de Folclore Rossini Tavares
de Lima (São Paulo) e do Museu de Folclore Édson Carneiro (Rio de Janeiro).
Criação oficial
Mas era preciso avançar e em
1996 o Conselho Deliberativo da Fundação Cultural aprovou nova solicitação da
Comissão de Folclore, para criação oficial do Museu do Folclore de São José dos
Campos. Naquele mesmo ano, a proposta virou projeto e foi aprovado pela Lei de
Incentivos Fiscais (LIF) à cultura.
Sede no Parque da Cidade
No ano seguinte, no dia 5 de
dezembro, o Museu do Folclore abria suas portas no Parque da Cidade Roberto
Burle Marx, em Santana, região norte da cidade, com uma exposição temporária
com trabalhos da figureira Maria Benedita dos Santos, a Lili Figureira,
falecida em julho de 2015, aos 96 anos.
Criação do CECP
Visando dar mais agilidade ao
processo de funcionamento do museu e implantação de vários projetos e programas
previstos, integrantes da Comissão de Folclore criaram, em 1999, o Centro de
Estudos da Cultura Popular (CECP), instituição sem fins lucrativos que passou a
fazer a gestão das atividades, em parceria com a Fundação Cultural. Gestão que
prossegue até os dias atuais.
Três exposições de longa duração
Em 20 anos de efetivo
funcionamento no Parque da Cidade, o Museu do Folclore já realizou três
exposições de longa duração: ‘Minha Cultura Mostra Quem Sou’ (julho de 1998 a
abril de 2001) – curadoria de Ricardo Bogus, ‘Traços de Cultura (julho de 2001
a dezembro de 2006) – curadoria Cildo Oliveira, e ‘Patrimônio Imaterial –
Folclore e Identidade Regional’ – curadoria Raul Lody. Esta última, instalada
em 2006 e aberta até os dias de hoje.
Projetos, programas e novos espaços
Neste período o Museu do
Folclore já implantou vários projetos, programas e novos espaços:
- Biblioteca (especializada
em cultura popular),
- Brinquedoteca (com
brinquedos de artistas populares),
- Projeto Museu Vivo
(participação de representantes da cultura popular),
- Programas Ouvindo Por Acaso
e Dialogando com o Folclore (palestras e cursos),
- Coleção Cadernos do
Folclore (com 24 publicações já lançadas),
- Realiza anualmente
programação especial para comemorar o Mês do Folclore,
- Apoia diversas
manifestações da cultura popular (como das Folias de Reis),
- Implantação de um curso de
pós-graduação em cultura popular (em parceria com a Universidade do Vale do
Paraíba – Univap).
Prêmios